quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Após Jéssica sair, eu parei de pensar nela...
Eu já estava perto de Luísa e ela parecia calma e íntima de hospitais, acho que a infância dela tinha sido meio apertada. Não conseguia me acostumar com o ambiente de hospital, me dava náusea, aquele cheiro, aquele ambiente fechado e calmo.... Não era meu estilo...
-Já está melhor?
-Errr...vou fica legal...- respondeu Luísa desanimada.
A televisão nos chamou a atenção, estava um caos lá fora, havia alguns relatos estranhos como aquele cara que estivera no meu apartamento, pessoas atacando uma as outras sem motivos, mas isso já acontecia sempre, antes mesmo das noticias sobre o novo vírus, então não dei a mínima.
-Acho melhor vocês saírem, está tarde, e nossas camas estão cheias.- disse o médico
-Certo, mas o que você sugere?- perguntou Luísa
-Sugiro que você me deixe a sós com ele, preciso dizer algo.
-Você pode dizer pra mim!
-Já chega, eu saio, e você fala com ela!- falei com raiva
Eles ficaram discutindo durante horas, eu não aguentei, estava com uma puta vontade de dormir, acabei dormindo. Meu sonho foi muito estranho, e muito sem noção, não acho que tenho necessidade de contar aqui.
-ACORDA!- gritou Luísa, sorrindo.
Eu acordei, levei um susto e de brincadeira corri atrás dela.
-Tá cansei!- falei
-Broxa!- Luísa me provocou
-Vamos em bora, tenho umas coisas pra fazer.
-O quê?
-Você vai ver.
-Você não vai atrás daquela garota ?
-Você viu?
-Como assim "você viu?"? Vocês conversaram aos berros! Todos do hospital viram!
-HAHAHAHA! Dela não...Dele
Ela ficou surpresa, afinal, ela devia estar se perguntando "Dele?", "Como assim "dele"?"
No caminho, veio alguém em nossa direcção, parecia desesperado, estava cheio de ferimentos e não sabíamos se iria morrer, havia tanto sangue deixado no chão enquanto ele corria, ele atropeçou e ficou me culpando.
-Seu maluco! vamos todos morrer!- ele tivera falado desesperado.
-Ei! Menos! O que aconteceu? podemos ajudar! - falei tentando acalma-lo.
-Seu idiota! não há salvação!
Algo veio rápido de mais, eu e Luísa nem vimos, essa "coisa" pulou e atacou o homem deitado, dilacerando seu pescoço. Eu e Luísa ficamos paralisados olhando aquilo, eu tomei iniciativa e o chutei para fora do corpo.
-QUEM É VOCÊ?! E QUE PORCARIA É ESSA?! -perguntei gritando e mirando a arma para ele.
Ele não entendia, apenas deu um gemido e correu para cima de mim, de reflexo eu atirei nele, mas não entendia nada.
-Você está bem? - perguntou Luísa
-Estou, mas essa cidade não está mais.
-Nunca esteve.
-Hehehe...
-Pode me explicar agora quem era ela?
-Sim, uma garota por quem eu me apaixonei um dia, fim da historia.
-Depois eu que sou a estranha! - falou Luísa rindo.
-Droga! minha arma não tem mais munição.
-Vem! acho que sei onde podemos arrumar mais! - falou Luísa me puxando
E então, começou meu "novo futuro", não achei que seria nada...Até agora.

sábado, 22 de agosto de 2009

Bem galera, foi mal pelo atraso de o que? uma semana? não tinha intenção em faltar com o blog, mas a semana foi muito corrida, meu PC queimo, minha minatava doente e fico internada(ela tá legal :D ) E outras coisas pessoas que eu não vou flar (6)...

bem, mas to continuando, e peço desculpas mais uma vez :D :


-Onde nós vamos mesmo?
-Casa da Jéssica, não está prestando muita atenção hoje não, né? O acidente foi assim tão forte?
-A num enche. Vem cá, você gosta dela né? - perguntou matheus com um tom sarcástico.
-"Dela" quem? - fingindo que não sabia.
-"Dela quem?" pff, da Jéssica.
-Não, quer parar de me perguntar isso?
-"...Não..."? Como assim: não? Eu vejo como você olha para ela, e qual seria outro motivo para salva-la?
-Ela...bem...sei lá! Já chega, ok?
-Hahahaha.
Eu estava com uma puta vontade de te-lo deixado lá. fazer o que? O moleque era muito chato.
Ao chegar na casa da Jéssica, eu pedi pro matheus traze-la, falasse o que for, mas traze-la até aqui.
-Cara, vou ficar aqui e você entra, ok?
-Já é! - falou matheus confiante.
Matheus estava demorando de mais, fui até a janela escondido para nenhum dos dois me verem.
-Mas o que?- falei assustado.
Eles estavam se beijando, naquela hora deu vontade de atirar nele, nunca fiquei com tanta raiva de alguém como daquele jeito. Eu fiquei paralisado, eu estava ficando meio "amigo" dele, e ele me faz uma merda dessa. Fiqueiputo de mais pra fica olhando, eu deixei os dois ali mesmo e fui embora.
Havia muita coisa na minha cabeça pra uma noite, não me arrependi de te-los deixado lá, queria que os dois morressem depois daquilo. Eu admirava ela, e vi uma coisa daquelas, a garota que eu amava, beijando o meu rival.
-Quem é você?- uma voz veio do beco.
-Hã?
-Quem é você?
-Não sei quem é você, muito menos te vejo, como você quer que eu te responda?
-Tudo bem, só um minuto.
Apareceu uma mulher, parecia da minha idade, cabelos longos e morenos, olhos verdes, lábios grossos, era muito linda.
-Bem, meu nome é Luísa.
-Meu, meu, meu nome é....
-Você não é muito bom de papo, é?
-Desculpa, tem muita coisa na minha cabeça. Enfim, meu nome é Gabriel.
-Hehe, para onde está indo?
-Não sei nem o que está acontecendo, não tenho mais casa, nem pais, nem nada. Estou andando por ai.
-É uma péssima ideia.
-Por que?
-A cidade está maluca, teve um homem, foi até minha casa, me mordeu, e eu joguei um jarro de vidro nele.
-Isso não é bom. Vamos até um médico.
-Ok.
Fomos andando. Não havia carro circulando na rua, as ruas estavam bloqueadas, o tempo entre o caminho obviamente foi mais rápido.
-Posso pelo menos saber uma coisa? - perguntou ela, sorrindo.
-Claro!
-Por que está me ajudando, se mal nos conhecemos? Você nem sabe se eu sou perigosa.
-Não sei. Pareceu certo te ajudar, e se você perigosa, já teria pegado minha arma, e me ameaçado, e pegado meus suprimentos.
-Hehehe, bem, estamos prestes a entrar num hospital, seria melhor você guardar essa arma, não?
-A.. é - eu sorri.
Enfim chegamos ao hospital. O mesmo que eu tivera ido. Ao chegar lá deixei ela com o mesmo medico que tivera me atendido, pelo menos assim eu estaria mais confiante.
Eu vi Jéssica me procurando do lado de fora do hospital, o caminho pela casa dela e a minha passava por aqui, acho que ela estava indo pra minha casa até me ver. Ela veio correndo.
-Ai está você, por que você saiu de lá?
- ...
-Em?
- ...
-O que foi?
- ...
- Pega na minha blusa - Mas o quê deu em você?
Eu empurrei as mãos dela para fora da minha blusa.
- Encosta em mim de novo, e eu juro que te mato! Matheus deve estar la fora te esperando, por que não vai lá dar mais uns amassos nele? Não tem nada pra fazer aqui.
-Você viu?
-Lógico que vi. Mas eu também não estava infectado? achei que você não podia chegar perto de mim.
-Gabriel, sua amiga quer te ver. - Disse o médico.
-Estou indo.
-Quem é essa?- disse jéssica
-Como o médico disse, minha amiga. Adeus.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Eu não sabia o que fazer, fui andando rua à cima, o que será que eu podia fazer? E se eu fosse pra casa, e se meus pais fossem infectados? E o que diabos o vírus fazia? Eram muitas perguntas sem nenhuma resposta, decidi ir pra casa pra ver o noticiário...
Chegando em casa vi a porta estilhaçada no chão, fiquei assustado, decidi ir correndo pra casa, fiquei desesperado o portão de casa estava ensangüentado, o sangue seguia como um caminho, como se alguém fosse arrastado, segui a "trilha" de sangue até chegar no porão, era muito escuro e muito úmido, quando acendi a luz havia muito sangue no chão mais sem nenhum corpo, o teto pingava, como se tivesse algo em cima vazando nos encanamentos, só que invés de água, era sangue.
decidi ver o que era, meu pai e minha mãe estavam lá, mortos, eu entrei em desespero, não sabia o que fazer ou o que seria feito, quem teria feito isso e o que aconteceria depois, havia uma arma na mão destroçada de minha mãe, deduzi que minha mãe matara meu pai, e meu pai atacou, meu pai nunca foi muito fraco então nunca duvidei que ele um dia fizesse isso, mas não achei que seria capaz de realmente acontecer, eu ouvi algo dentro de minha casa se mexendo. Estava esbarrando em tudo, parecia que estava fazendo de propósito.
Fui checa com a pistola nas mãos, e eu nem queria me perguntar onde minha mãe havia conseguido. Vi uma pessoa, não tinha cabelo, estava ensangüentada e parecia olhar pra mim como se eu fosse um pedaço de carne, era muito estranho, minhas mãos estavam tremulas, eu não tinha a mínima idéia do que fazer.
Ele soltou um longe e alto rugido, e pulou pela janela. Ele devia estar maluco pra pular do segundo andar, tudo estava dando errado. Eu sentei, e comecei a chorar.
Não dava a mínima se o cara estava vivo morto ou em coma. Eu não teria hesitado em matá-lo, seria fácil e não me arrependeria. Matar aquele merdinha seria fácil de mais, foda mesmo seria viver sem meus pais, e sem saber o que fazer.
A cidade estava louca, ambulâncias e viaturas policias por toda parte, havia muitas pessoas saindo de casa, não tive alternativa, mas se eu continuasse em casa, eu não me recuperaria emocionalmente. Peguei o álcool e como era pouco, decidi botar perto da porta e não desperdiçar, já que não havia fósforo, decidi mirar com a arma e atirar.
Eu não conseguia fazer isso, meu dedo não conseguia apertar o gatilho, havia muitas coisas para se deixar pra traz, e eu não tinha pra onde ir, estava me perguntando se isso seria a coisa certa. Retomei o fôlego e fui para dentro de casa, peguei uma mochila que eu tinha do acampamento que eu fizera com meu pai há uns anos a traz, não havia nada de mais em casa, mas era tudo pessoal.
Peguei comida, minha arma é claro, roupa e a minha confiança de volta.
Mirei com vontade e atirei, o coice foi forte, nunca havia feito isso antes, mas consegui conter, minha mão estava doendo e a porta da casa pegando fogo, botei a mochila nas costas e o boné na cabeça e fui andando.

Fui ver o Matheus na sua casa...

-MAS QUE MERDA, SAI DE CIMA DE MIM! - Gritava Matheus em com um tom de raiva

-Merda... - sai correndo para ajudá-lo

Fui correndo e bati com o ombro na pessoa que estava em cima do Matheus, empurrei com tanta força que a pessoa bateu na parede, peguei a arma e mirei ao lado de Matheus, fiquei mirando fixo caso se levantasse, ao cair no chão percebi que era a mesma pessoa que estivera em minha casa.

- Mas que merda... - fiquei impressionado

- Que foi? Pera ai! Onde você conseguiu essa arma?

- Eu vi esse cara na minha casa também, essa arma eu peguei da minha mãe.

- E onde está sua mãe?

Um silencio cobriu o momento, eu não respondia.

- Em cara? Onde está ela?

- Morta.

- MAS QUE PORRA, tu matou ela?

- Acha que eu sou um maníaco pra matar a minha própria mãe? Lógico que não.

- Então o que houve?

- Eu sei lá, a cidade está enlouquecendo. Eu tive que queimar a minha casa, deixei tudo para traz.

- A cidade está enlouquecendo, e é você que queima a casa?- perguntou Matheus, rindo.

- Vamos...

- Para onde? Não tenho para onde ir, e minha mãe provavelmente volta logo.

- Se você acha. Aproposito, tome cuidado com ele. Acho que ele morde - falei rindo.

- Muito engraçado, eu vou contigo, mas o que a gente vai fazer?

- Vamos até a casa da Jéssica, você fala com ela, ela não vai me ouvir.

domingo, 9 de agosto de 2009

Assim que eles saíram, eu me senti muito fraco e por um segundo não sentia que eu estava respirando, eu caíra ali mesmo... Aquele não era meu dia de sorte, meu braço foi cortado, um caminhão explodiu na minha frente, fiquei hospitalizado, perfurei meu fígado, fui operado, não conseguia respirar, e ainda bati a cabeça no chão. O dia estava sendo perfeito, só faltava uma TV de 59 polegadas e uns dunnuts e eu juro que repetiria tudo de novo...Eu voltei ao meu antigo estado, perdi os sentidos, só me restou a audição...
-Vamos leva-lo ao laboratório, quero uma amostra do sangue dele...-disse o doutor-Rápido! Preciso do sangue ainda quente.
Eu conseguia ouvir barulhos de ferramentas, não queria nem pensar no que eles estavam fazendo, não conseguia abrir os olhos, pareciam que estavam grudados.
Aos poucos fui recuperando os sentidos, primeiro foi o tacto, eu sentia uma IMENSA dor no abdomem, dava vontade de desmaiar, depois foi a visão. Eu estava em casa, meus pais aparentemente não estavam, eu me sentia totalmente revigorado, não havia mais dor, eu estava totalmente energético e não sentia nenhum efeito do que passara antes...

Logo depois, veio o olfacto, O cheiro de carne podre era incrível, não havia nada igual...

Fui até a varanda, peguei umas roupas e fui tomar banho. Eu não parava de pensar em como eles estariam, eu passei a ter um afecto pelo Matheus depois disso, nada pessoal, mas acho que poderíamos ser amigos apesar de tudo.

Não consegui me controlar, pus uma roupa e sai correndo até a casa da Jéssica, ao chegar, eu a vi chorando outra vez, passei a pensar que não era por minha causa, e sim por um namorado ou qualquer coisa do tipo.

-Você está bem?-Perguntei me apoiando na janela.

-VOCÊ ME ASSUSTOU GAROTO! - dando um pulo para traz - Você podia dizer que viria ou que já tinha saído do hospital, ?

-hahahahaha, relaxa, queria fazer uma surpresa. Por que estava chorando?

-Eu já disse que estou bem, eu sou uma chorona, você se importa de mais, sabia?

-Eu só estava preocupado, já que estou incomodando, estou saindo...

-Espere! Desculpe, ainda estou tentando me acostumar com o que houve, o quê eles te disseram no hospital?

-Como assim? eu não lembro, eu estava no hospital com vocês, logo depois que vocês saíram eu desmaiei, ouvi barulhos de ferramentas, e acordei em casa, achei que teriam sido meus pais.

-Nos disseram para não chegar perto de você,que você poderia nos machucar.

-Eu nunca machucaria você, talvez o matheus, mas isso não importa.

-hehe - abrindo um sorriso - Que bom que você está bem.

-Engraçado, eu nunca me senti tão bem. Enfim, onde está matheus?

-Não sei, eu vou ligar a TV, quer assistir?

-Bem... eu.....

-Um vírus mutante está infectando muito dos cidadãos, aparentemente o Hospital nuclear afirma que houve pessoas extremamente infectadas por pessoas que tenham se ferido com objectos infectados, "O vírus é extremamente nocivo, não sabemos ainda de qual outro vírus ele sofreu mutação ou uma cura, ainda é muito recente para resultados completos, se qualquer pessoa sentir tontura, falta de ar, vá para um hospital imediatamente" disse o médico na nossa entrevista. - Afirmou o repórter do noticiário.

-Mas o quê?- falei

-Isso é impossível! O quê você sentia? - perguntou Jéssica preocupada.

-O que você está pensando? - estranhei.

-Se afaste de mim! - Gritou jéssica ao atacar o controle em mim.

-Jéssica por favor, ele nem disse que é contagioso, e eu acho que sou imune, não tem nada de errado comigo. -tentava me aproximar da garota.

-Fique longe!

-Tudo bem, se acalme! Eu vou sair, ok?

Eu sai pela janela, estava preocupado com ela, ela estava sozinha e estava chorando. Eu fiquei magoado com a reacção dela, mas também, preocupado com a reacção dos outros se soubessem disso.

sábado, 8 de agosto de 2009

Eu acordei um tempo depois, com a minha fome, eu achei que seria lá paras duas da manha, ao me levantar percebi que a sala onde eu estava era muito estranha, era completamente branca, havia uma pequena parte de vidro onde eu podia ver quem estava do lado de fora, havia um médico conversando com a Jéssica, e o Matheus estava olhando para mim com um olhar assustado, eu retribui o olhar ao vê-lo daquele jeito... o medico virou rapidamente para mim, e saiu correndo para dentro da sala. ele me fez umas perguntas, mas eu não ouvia, estava olhando para Jéssica e me perguntando por que tinha agulhas no meu braço e uns fios no meu peito. Ao recuperar o controle, decidi falar com o médico.
-Desculpe, não ouvi....- eu disse com uma voz roca.
-Você sabe quantos anos você tem?-perguntou o médico
-Sim, 12 anos, mas o quê isso tem haver?
-você sabe o que lhe causou isso?
-você que é o médico, me diga você. - falei em um tom sarcástico
-olhe para seu abdomem- disse ele preocupado.
-Ok.- fiquei surpreso com a resposta dele.
Ao olhar para meu abdomem percebi que havia um buraco, que estava cicatrizando, eu não compreendia nada, vi em filmes que uma simples facada já matava, então eu não entendi o por que de eu não ter morrido com estrago tão grande.
-Não há como sobreviver a isso, não é?- eu perguntei assustado
-Eu não sei como você está vivo, você tinha morrido a 4 horas a traz.
-Então o que eu faço agora?
-Vou anestesia-lo e ver o que se passa em seu ferimento, tudo bem?
-COMO ASSIM? VOCÊ VAI ME OPERAR?-Perguntei aos gritos.
-Existe um ferro preso em seu fígado, você está perdendo sangue, se eu não fizer nada você irá morrer, de novo...
-Tudo bem....
Com o que ele disse, não havia com manda-lo ir a ***** ou recusar, ele me anestesiou e eu acordei umas horas depois, com muito frio... o médico estava ao meu lado, esperando eu acordar.
-Que bom que você acordou, eu sei que você não vai conseguir me responder ainda pelo efeito da anestesia, mas eu posso lhe dizer que você vai ficar bem, mas eu não fiz nada. Parece que o seu organismo fez algo impossível, você alterou a composição química do ferro, ele virou parte de seu organismo, a sua ferida, está cicatrizando em uma velocidade incrível, percebi que há uma corte no seu braço, você era bem "traquinas" em? acho que há alguém lá em cima cuidando de você.
Eu dei um leve sorriso, não sei da onde tirei força para sorrir, eu estava muito fraco, cheio de fome, e não sabia o por que de eu nem conseguir falar, acho que era por causa da anestesia, quem sabe...
-Voê... poe me ajuar.... a levantar?- eu disse, ou pelo menos tentei dizer, quase sem fôlego.
-Acho melhor você ficar deitado, descanse, quando você acordar vai ficar melhor.-disse o médico com um sorriso no rosto.
não conseguia dormir, ainda estava agitado pelo que houvera acontecido. quando já me recuperei para poder andar, a primeira coisa que eu queria fazer e ir até Jéssica e perguntar o por que dela estar chorando...
-Por que... você estava chorando? - eu disse, ainda sem fôlego.
-Por nada, eu sou chorona mesmo...- disse ela dando um grande sorriso
-O que o médico disse para você?- disse matheus, com um olhar torto.
-Não entendi nada, se quer saber. -
Jéssica deu um pulo e me abraçou.
-Quase achei que você tinha morrido...- disse Jéssica com umas lágrimas saindo do rosto.
Eu estranhei muito, ela nem me dava bola na escola, e por mais que eu estivesse gostando eu tinha que tira-la de perto de mim, eu estava me sentindo sujo por dentro e estava com medo de algo acontecesse a ela
-Acho melhor você me soltar, sua camisa vai ficar cheia de sangue.
-Tudo bem, mas eu não me importaria, eu gostaria de agradecer pelo o que você fez antes...
-Não por isso- eu disse ficando com as bochechas vermelhas...- Acho melhor irmos para casa agora, certo?
Eu me senti o líder da situação, mas fazer o que? eu me sentia bem daquele jeito. ao chegar na porta, o medico não deixa eu sair, dizendo que seria melhor eu ficar, pelo menos uma noite, eu disse que queria ver minha família, ele me deu mil e um motivos para eu não ir, decidi que seria melhor ficar, e prometi que depois falaria com eles...
14 de Dezembro de 2012

O estranho daquele dia, não foi o mundo ter acabado, foi simplesmente pelo processo ter sido devagar de mais, só que ninguém conseguiu conte-lo...
Eu escrevo esse diário, para o caso de algum sobrevivente o encontrar....

Dia 14 de Dezembro de 2012....

Então, mais um dia na escola, amanha é meu aniversário de 13 anos acho que seria outro dia normal, não costumo comemorar meus aniversários.
Na escola na aula de biologia estava dando uma matéria sobre os vírus e suas possíveis mutações, eu não prestei atenção, não estava nem um pouco afim de olhar para um bando de "coisas" se mexendo em um microscópio, Matheus, um velho rival, ele adorava se mostrar na frente da turma, então ele me cortou com um pedaço de vidro que ele encontrou no chão, eu amei dar um soco em sua boca, eu era apenas um garoto de 12 anos, mas o garoto adorava me humilhar, não bati por causa do vidro, e sim por tudo que ele fizera antes ...
Foi outro dia estranho e chato, eu estava voltando pra casa a pé, quando o ónibus da minha escola bate bem perto da minha casa, o acidente foi tremendamente estranho, eu não consegui ver no que ele bateu.
Corri, para o ónibus no qual eu achava que iria pegar fogo, o ónibus estava virado, tinha sido uma batida feia, tive que pegar algo para quebrar as janelas já que as mesmas não abriam.Só consegui tirar duas pessoas de lá, eu estava exausto, eu não havia dormido e eu n entendi por que eu me sentia totalmente esgotado e com falta de ar, e ainda tinha q ir andando pra casa.
Quando eu fui entrar de novo para ver se eu podia salvar mais alguém, o ónibus pegara fogo, dava pra ouvir os gritos agonizantes dos alunos ao serem queimados vivos, estranhamente, eu não senti pena, apenas um vazio por não ter conseguido salvar quase ninguém.
Consegui salvar Jéssica e Matheus, eu odiava o Matheus e vice-versa, até hoje não entendi por que quis salva-lo, por outro lado, eu era apaixonado pela Jéssica, não havia como deixa-la lá...
Logo depois eu desmaiei, "acordei" em um hospital, eu não entendi, eu não tinha controle do meu corpo, não tinha nenhum dos meus sentidos exeto pela audição, eu só conseguia ouvir o choro desesperado de Jéssica, aquele foi o som mais lindo e mais agonizante que eu já ouvi, por um lado, ela estar chorando, e pelo outro, ela estar chorando pelo meu estado que eu nem sabia o que era....